terça-feira, 2 de junho de 2009

Ada J. Godinho Rhodes




Ada J. Godinho Rhodes
funcionária pública


Aqui vai o meu depoimento sobre o tempo de colégio em que o Maestro foi meu professor.

ANOS DOURADOS



Estudei no Colégio Americano de 1949 a 1960. Sou Metodista e minha mãe ficou muito contente ao me colocar lá, como ela era muito religiosa, meu pai não achou impedimento pois sabia do conceito que o colégio possuia.

Vou reportar-me aqui ao período de 1954 a 1957 - os Anos Dourados da época do Ginásio. Foi nesse período que tivemos o Maestro Léo Schneider como nosso Professor de Música.

Ficamos todas encantadas com ele, sempre sorrindo, afável, mas que ao mesmo tempo tínhamos muito respeito por ele.

Era maravilhoso, ele tocava para nós, nas aulas, músicas clássicas para termos um acervo musical de peças imortais, clássicas de compositores famosos.

No fim do 1º semestre, na prova ele tocava as 10 músicas tocadas naquele período e fora da ordem. No fim do ano eram 20 peças ao todo. A princípio fazíamos as provas no Auditório, as 2 turmas A e B juntas o que equivalia a 70 alunas, mais ou menos.

Depois passamos a fazer as provas cada turma em sua sala de aula, havia ali um gravador (bem moderno para a época). Cereta vez, umas colegas sugerindo, brincando, ao Maestro que quando fosse tocada uma certa música que elas confundiam com outra que ele cruzasse os braços. Qual não foi a nossa surpresa que quando tocou a "tal" música, ao vê-lo circular pela sala com os braços cruzados! Quem pediu para ele "dar cola" jamais imaginou que ele aceitaria a proposta!

Os dias de Orfeão, naquela ainda não se chamava de Coral, aconteciam sempre aos sábados; Ninguém faltava pois o Orfeão tinha a presença dos alunos do IPA. De um lado sentavam os rapazes e no outro nós, era um "tititi"... Quando o Maestro aparecia no palco, o silêncio era imediato e absoluto, sem que precisasse pedir. Ele era um líder.

Outro fato interessante que demonstra um pouco de seu caráter, aconteceu quando ele fraturou a perna, parece que foi o fêmur. Ele não ficou desgostoso, falou que isso foi bom porque assim imobilizado teria tempo para traduzir o oratório O Messias de Haendel. Assim era o nosso querido Maestro!!

Em 1957, quando nos formamos ele foi escolhido, junto com Rev. Rolim, nossos Professores Homenageados, demonstramos assim um pouco de nossa admiração e carinho por este Professor tão carismático!!

Depois dessese Anos Dourados de nossa juventude em nosso querido Americano, Eu, que era casada, na época, assistia os jogos do Grêmio com meu marido, nas cadeiras cativas do Olímpico. De repente vejo entrar ali o Maestro (de terno completo), para assistir o jogo de seu time do coração. Acompanhava- sua filha Anne que carregava uma enorme bandeira do tricolor que era quase maior que ela!

Fiquei muito emocionada ao ver suas fotos e biografia no blog que a Anne me indicou!
Dentre os nossos Anos Dourados o Maestro teve um papel de muito destaque em nossa formação!

Ada J. Godinho Rhodes
17/05/2009

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