sábado, 2 de maio de 2009

Glauco Schneider


Sol do Amanhecer

Glauco Schneider
Mestre em Letras - PUC
Escritor

Leo Schneider foi meu avô, pelo lado materno.

Foi, e continua sendo, mesmo após sua morte, ele continua vivo em meu coração.

De todas as pessoas que conheci em minha vida, ele foi a mais virtuosa, sob vários aspectos, sobretudo o aspecto humano, no que se refere à solidariedade e amor ao próximo, sensibilidade às dores e dificuldades alheias, desprendimento, altruísmo, abnegação.

Há um paradoxo em meu avô: mesmo sendo humilde como um apóstolo de Cristo, ele tinha em seu temperamento uma grande e muito bem definida altivez. A altivez de um grande artista que sabe do seu valor.

Olha, eu prefiro ser conciso ao escrever sobre ele neste momento. Por mais que eu escrevesse, seria muito pouco, seria superficial. Ele é uma personalidade tão marcante e influente em minha vida, que escrevi um romance, ainda inédito infelizmente, em que dedico especialmente um dos capítulos a ele, só a ele.

Claro, no romance faço pequenas alterações fictícias, chamo-o de Leon, cubro-o de novas roupagens enganosas, mas basta um bom observador, alguém que de fato o tenha conhecido a fundo, para ali reconhecer o querido Maestro e admirável Homem Leo Schneider.

Sua presença é tão forte em meu espírito que chega mesmo a combater um forte tendência minha ao ateísmo. Mas então surge em minha mente, ou assopra em meu ouvido uma voz com um som característico e inconfundível, voz carinhosa e misericordiosa e ao mesmo tempo muito forte e vigorosa e altiva, uma voz que me diz que posso muito bem estar enganado. Neste momento, todas as minha convicções racionais tendentes a não acreditar em Deus se desfazerm como a bruma sob o sol do amanhecer. E o sol deste céu se chama Leo Schneider, e assim sempre o será.

Obrigado.

Obrigado Leo querido.

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