quarta-feira, 27 de maio de 2009

Marilene Zambom Lima

















Professora de Música
na Educação Infantil
e Séries Iniciais
até 2008
no Colégio São Luiz
e no Colégio Sevigné
das Irmãs de São José



Todos os melhores sentimentos e emoções afloram, quando se trata em falar do nosso grande e inesquecível mestre LEO SCHNEIDER.

Ser humano dotado de qualidades marcantes como honestidade, retidão de caráter, integridade, profissionalismo, ética, entre tantas outras.

Meu primeiro contato com Leo foi no “Belas Artes”, que mantinha, na época, o “Curso Fundamental de Piano”, antecedendo ao Curso Superior.

Como recém havia ingressado no Ensino Médio, repeti duas vezes o sexto ano de Piano. Mais tarde, após o vestibular, então já “Escola de Artes", cursei “Graduação em Piano”, concluindo em 1974.

Desde o primeiro contato com Leo (diga-se de passagem, que fui bater a porta de sua sala, pedindo para ser sua aluna) fui cativada por sua serenidade, meiguice, interesse e, sobretudo, por sua forma carinhosa e humana em acolher.


Daí para frente o encantamento total foi muito rápido, pois a cada aula, humildemente, suas habilidades, seus valores e sua sabedoria se revelavam.
Tenho sempre na mente a magia que exerciam em mim, suas grandes mãos tocando as Polonaises e as Valsas de Chopin.

Dotado de sensibilidade e talento, mantendo sempre a humildade que lhe era tão característica, nunca entrou em “jogo de vaidades”, que na época, já aparecia no meio, entre professores.

Após a conclusão do graduação ( era assim que chamávamos), pedi reingresso para cursar “Licenciatura em Música”, onde, mais uma vez, fui contemplada ao ser sua aluna, em cadeiras como “Prática de Orquestra” e Órgão ( opcional).
Recebi o diploma deste curso de suas mãos e , como presente a partitura do “Oratório a São João Batista” , de sua autoria, no qual a dedicatória era: “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia Nele, e Ele tudo fará “.

Diante dos inúmeros desafios que diariamente enfrentamos, tenho esta dedicatória sempre presente.

Após minha formatura, já com filho e trabalhando todo o dia, resolvi estudar, de uma forma mais ligth, no Conservatório do Colégio Americano. Acredito que neste período professor Léo redobrou sua dose de paciência e tolerância, já que o tempo para estudos era bastante precário.

Professor Leo nos deixou muito cedo, talvez por ser uma pessoa tão especial , mas é certo que as pessoas a quem tanto amamos e admiramos não terminam, continuam conosco e nosso coração percebe isto !

Tenho convicção que , no decorrer de toda a minha vida profissional, seu exemplo, sua tolerância, sua parceria e sua paciência histórica, influenciaram nas relações com meus alunos e também na minha maneira de ser e de agir.

Como nunca, considero real e de uma sabedoria profunda o pensamento de Rubem Alves:
Ensinar é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra.

Por isso Leo Schneider sempre viverá em mim e em todos que tiveram a dádiva de conhecer e conviver com ele.

MARILENE ZAMBOM LIMA

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